Wednesday, January 31, 2007

Inverno acabando...

Certamente depois de passar por 2/3 de todo o inverno podemos garantir que apesar de frio nas últimas semanas até que sobrevivemos melhor do que esperávamos. Aprendemos a nos vestir, e aproveitar o que esta estação tem de bom (além de comer e dormir bastante já que anoitece as 16:50hs).

Com toda a nossa habilidade esportiva eu aprendi a patinar e esquiar (estou caminhando para o nível intermediário), o Rafa melhorou os conhecimentos que tinha no patins e aprendeu a esquiar (mto bem por sinal). O legal de tudo isso é descobrir que apesar de todo o frio lá fora esta estação ainda oferece boas alternativas para quem não quer ficar em casa.

Por enquanto o inverno é a estação mais cara por aqui (só falta passarmos pela primavera para ter total certeza disso), mas o custo é elevado por que além das roupas que tínhamos no Brasi, precisamos tb de acessórios (cachecol, luva), casacos, botas de neve (que demorou para serem usadas, mas estão de parabéns), e além dos itens básicos para aguentar as temperaturas baixas...

Com as bicletas presas na garagem durante o inverno, a compra de patins e/ou esquis (dependendo da sua preferência) foi inevitável. Se a opção é esquiar, vale lembrar que vc não sobe o teleférico por menos de 30/40 dólares, além do custo de transporte, combustivel e mais alguns extras. Patinar é um esporte mais em conta, por que qualquer espelho d'água congelado oferece diversão gratuita.

É isso ai... O inverno está quase no final. Para alguns que como o Rafa e o Fernando choram e se lamentam cada final de semana que acaba (é um fds a menos que tem para curtir os esquis). Para outros o inverno já foi tarde (tá na hora de usar vestido, crocs e deixar de carregar casaco pesado).

Thursday, January 25, 2007

Esportes de Inverno

Entre Fevereiro e Março deste ano teremos os Jogos de Inverno Canadenses. Pela primeira vez eles ocorrerão em Whitehorse.

Jogos de inverno me parecem ser apropriados para o local, que se não é a capital de estado mais ao norte (perde para Yellowknife), em geral amarga médias de temperatura entre -14ºC e -23ºC em Janeiro.

Destre as diversas modalidades, divididas em 'oficiais', 'de demonstração' e 'nativos', algumas não nos são familiares, como Curling e Ringette. Se bem que outras como Hokey e Tiro ao alvo também não sabemos as regras direito até hoje.

Felizmente teremos um pinguim como correspondente estrangeiro este ano. Uma de minhas irmãs vem nos visitar mês que vem e vai conhecer a cidade, ver a Aurora Boreal e conhecer o frio de verdade.

Com certeza será a primeira da familia a andar de Snowmobile.

Monday, January 22, 2007

Cultura importa

Essa semana os jornais locais anunciaram uma doação de $10 milhões para o ROM. A doação veio de uma empresa de mineração baseada em Vancouver chamada Teck Cominco Ltd.

É a maior doação de uma única empresa na história desse museu, que até então já levantou mais de 250 dos cerca de $300 milhões para a reforma que está passando.

Não vou entrar no mérito dos descontos sobre impostos que as doações acarretam, ou do ganho em marketing atrelado à propaganda gerada ou à nova sala dedicada à mineração. De qualquer forma, é bacana ver uma iniciativa para manter a história de um país, dentro e fora dos museus.

Já disse algumas vezes que a visão de mundo que existe na américa protestante é muito auto-centrada. O 'Museu da civilização' poderia ser chamado de 'Museu da civilização canadense' e Museu Aeroespacial' de 'Museu Aerospacial do GTA', onde se exclui pontos importante da história apenas por terem sido mérito dos outros.

Faço essa crítica às livrarias também. O que reparei é que é difícil encontrar autores que não sejam americanos. Os canadenses ainda possuem uma prateleira dedicada, mas se você quiser algum autor europeu ou sul-americano, terá dificuldades. (um comentário: Também não temos muitas opções de livros em francês, apesar de sermos um país 'bilíngüe')

De qualquer forma, apesar do nomes pomposos, eles estão fazendo a parte deles para preservar a cultura local, o que é algo legal (ainda mais se compararmos com o que ocorre no Brasil, com os acervos de livros, arte e os parques arqueológicos, por exemplo).

Como disse a ministra da cultura de Ontário, "Cultura importa". E com isso, em mais dois anos, o ROM terá mais 18.600 m2 de espaço para galerias, e expandirá o número de visitantes de 700,000 para cerca de 1.6 milhões por ano.

Wednesday, January 17, 2007

Scrubbing Bubbles


Como eu nunca escondi de ninguém, uma das piores coisas que tem em ser dona de casa por aqui é lavar a banheira. Ninguém merece!!!!

Eu queria saber quem foi o individuo que "inventou" que teríamos que ter banheiras com o chuveiro instalado em cima dela (detalhe: elas são tão magricelas e curtas que mal cabe uma pessoa dentro).

Seja lá como for lá estou eu sofrendo e xingando toda vez que preciso dar um "trato" na simpática.

Estamos há 20 dias testando um produto revolucionário que promete milagre. Bem, milagre não existe, mas que ele ajuda, isso sim ele ajuda. Não deixa exatamente do jeito que eu quero, mas já reduziu muuuuito o esforço que eu fazia para deixá-la limpa.

Continuamos analisando os resultados em longo prazo. Por estes 20 dias iniciais posso afirmar que o resultado foi satisfatório e no fundo até que superou as expectativas, mesmo por que eu jamais acreditei que aquela espirradinha iria resolver alguma coisa. E não é que resolve?!?!

Fica ai a dica para quem quer testar. Não tenho os resultados em longo prazo, mas por enquanto está aprovado!

Monday, January 15, 2007

Ladeira abaixo

Nesse fim de semana fomos fazer o meu mais novo esporte predileto (depois do ciclismo). Animados com nossos vizinhos entusiastas lá fomos nós esquiar em Snow Valley aproveitar o lado bom do inverno.

Aliás, inverno que, na prática, está chegando esta semana. Finalmente vemos ruas elameadas, pessoas cavando para chegar aos seus carros e telhados branquinhos

Snow valley, assim como Horseshoe valley e Blue Mountain, é um dos lugares mais conhecidos, próximos de Toronto, aonde podemos alugar equipamento, ter aulas e descer algumas pistas iniciantes, intermediárias e difíceis.

De esquis nos pés e tendo alcançado o topo do morro através do teleférico, descer a ladeira pode consistir em uma série de experiências. Numa hora conseguimos fazer curvas com os esquis paralelos, mão à frente dos joelhos e o peso distribuído entre os dois pés. Na outra, os braços giram como se fossem levantar vôo, cada esqui resolvem ir numa direção diferente e para evitar sair pela lateral da pista, caio novamente....

Como todo bom iniciante sedentário, no início achei que minha refinada técnica ou meu excelente preparo físico estavam fraquejando. Depois, tentei colocar a culpa na neve endurecida por causa da chuva do dia anterior, que não me deixava cravar a lateral do esqui no chão. Por frustração, culpei até o alinhamento da bota...

Nada disso. Conversando com um amigo (valeu Fabio), descobrimos que o problema é que eu estava usando esquis 'slick', e não para pista molhada.

Não seja por isso. Até o início de Março ainda temos entre 6 e 8 finais de semana em que poderemos continuar a cair. Pena que já está acabando...

Friday, January 12, 2007

Igual, menos o Carnaval

Em 2006, apesar da correria para arrumar trabalho por aqui, aproveitamos alguns dias de descanso que nem havíamos considerado. Infelizmente agora que estamos mais cientes das datas dos feriados, sabemos que precisaremos esperar pelo segundo semestre.

Isso por que no Canada, a maior parte dos feriados se concentra no segundo semestre. Vale a pena comentar também que não existem pontes ou Domingos-feriado, já que em geral eles são movidos para as Segundas-feiras.

Ao olhar no TimeandTable.com pude ver que temos quase o mesmo número de dias oficiais livres que no Brasil.

Este ano temos 11 dias de feriado por aqui , o que é um número próximo ao do Brasil (12 dias + Carnaval).

O que faz a diferença mesmo são os dias de festa no mês de Fevereiro. Não que sejamos grande fãs de pular carnaval, ou assistir comentários sobre a qualidada da alegoria, ritmo ou harmonia que domina a programcáão da TV, mas sempre gostamos da oportunidade de ter uns dia de descanso.

Thursday, January 11, 2007

Prós e contras

Planejando para o futuro, precisamos escolher a nossa casa. Como pagar aluguel não nos retorna nenhum ativo, decidimos que assim que possível vamos trocar a flexibilidade dos aluguéis por um financiamento de imóvel.

Como diz um grande amigo que mora em Miami, viraremos sócios minoritários de uma casa em que o Banco nos deixa morar lá. :o)

Dado um valor limite, precisaremos decidir entre apartamento e casa. No apartamento não será preciso cuidar de jardim ou consertar o telhado, tem mais segurança e menos manutenção em geral. Por outro lado, a casa nos permite mais liberdade e um jardim para aproveitarmos, além de mais espaço.

Porém o que nos preocupa é com relação aos custos diretos e indiretos. Se optarmos por um apartamento, teremos a possibilidade de estarmos mais próximos à cidade, talvez até mesmo na linha do metrô. Pagaríamos um valor alto de condomínio, mas economizaríamos o custo de um segundo carro, por exemplo.

Já a casa não tem condomínio, ou fundo de obras que não esperamos, mas por causa do preço, ficaria mais distante, acarretando num custo extra de transporte.

Após resolvermos este primeiro ponto, vamos atrás das opções. Por exemplo, tipo da casa, single, geminada, townhouse (que tem condomínio), bungaloos, com ou sem garagem, etc.

E finalmente o local. Ainda não conhecemos a cidade direito fora do centro de Toronto. Mas entra para a lista Oakville, Richmond Hill, Vaughan, Mississauga, Ajax. Markham, Brampton...

Precisaremos olhar bastante ainda e escolher o bairro que tiver mais a nossa cara.

Wednesday, January 10, 2007

Cone do silêncio

Conversar em outra lingua nos dá uma sensação (irreal) de isolamento e privacidade, como se fôssemos invisíveis, como se as ruas estivessem desertas ou como se estivéssemos em um dos famosos cones do silêncio do Controle.

Reparei isso ao encontrarmos o Maurício recentemente. Aliás, volta e meia encontramos com um de nossos vizinhos quando vamos ou voltamos do trabalho. No início nos encontrávamos na rua, agora com o inverno ‘trombamos’ no caminho do metrô mesmo.

O engraçado foi notar o quao alto estávamos falando. Comentávamos do tempo, do trabalho e reclamávamos de estarmos com sono (small talking, como se diz por aqui), e notamos que não estávamos sozinhos apenas quando ele nos chamou.

No final, fomos (eu, Maurício e 99) os três conversando como se não houvesse mais ninguém ao nosso redor.

Tuesday, January 09, 2007

Próximos passos

Se 2005 foi o ano para planejar e esperar a vinda para o Canadá e 2006 o ano para fazer a mudança e nos estabelecermos aqui, 2007 deve ser o ano que utilizaremos para criar novamente uma base sólida para nós.

Fazer a mudança para Toronto implicou em desmontarmos a estrutura que tínhamos antes. Nosso lar, carros, trabalho, nossos hábitos e tudo o que ocupava nosso dia a dia foi ‘desmontado’ e precisa ser reconstruído.

A boa notícia é que ao remover essa camada de assuntos e objetos que nos tomam tempo, nos ficou ainda mais claro que o laço que temos entre nós e com nossas famílias e amigos é o que realmente tem valor.

Entretanto, como somos produtos de nosso tempo (filosófico isso), já passou da hora de recriarmos nossa estrutura novamente: habitação, transporte, educação e previdência privada (mortgage, carro, faculdade / certificações / curso de línguas, RSP...).

Isso levará algum tempo, mas as decisões precisam ser tomadas agora, e alterá-las depois se necessário, levará tempo e custará caro.

Quanto aos hábitos e costumes, estamos criando os nossos. Começamos a ter lugares preferidos e a ver a cidade com olhos ‘locais’ ao invés de ‘turistas’. Hora de aproveitar o que a cidade reserva apenas para os que vivem por aqui.

Será uma fase animada e cheia de desafios.

Sunday, January 07, 2007

Útil X Agradável

Eu ainda estou em fase de adaptação ao Hockey, confesso que me esforço para gostar e me envolver, mas o esporte oferece mais violência do que diversão para os meus padrões. Sendo assim eu não acompanho de perto o que está acontecendo, vez ou outra eu assisto a um jogo, mas não tenho idéia de quem está “classificado” ou perto de ganhar o campeonato (que deve acabar daqui uns 4 meses).

Sexta feira eu comecei a olhar com novos olhos a este esporte até então desprezado por mim.. O presidente da empresa onde trabalho é fanático pelo esporte, sendo assim qualquer evento mais importante é motivo para comemoração. Desta forma sexta feira todos os funcionários deveriam usar os jerseys (do seu time de preferência) ou para quem não tem, poderia ir vestido com alguma peça de roupa vermelha, e acredite que todo este “evento” se deu devido ao time de Hockey Junior do Canadá eliminar o EUA e ir para a final com a Rússia..

Não preciso nem dizer que sexta feira foi uma bagunça só, cada um com o jersey do seu time, outros com bonés, todos felizes da vida.... Na hora do jogo, um telão foi instalado no restaurante da empresa, pizza grátis e refri foram servidos no almoço..

Quando o jogo começou parecia copa do mundo, a animação do povo era geral (gritaria, palmas, xingo). Claro que eu estava na bagunça, mas aproveitando mais a festa, a comida e o “não” trabalhar do que vendo o jogo. No final o time do Canadá ganhou, e todos ficaram super animados.

Por este e outros motivos que estou aprendendo a desfrutar das coisas boas que o Hockey pode me proporcionar... Espero poder gostar, mas por enquanto ainda permanecemos em uma relação “ser útil X agradável”, e ele permanece apenas útil na minha vida.

Thursday, January 04, 2007

O gorro pródigo a casa torna

Uma das coisas que notamos com a chegada do inverno é a quantidade de luvas que vemos pelo chão. Praticamente uma forma de medir a temperatura. Quanto mais frio, maior a quantidade de luvas perdidas.

E isto deve estar ligado à forma como o pessoal por aqui se adaptou ao inverno. Moletons, por exemplo, tem capuz para proteger do vento e zíper para amenizar o calor, ao entrar em lugares com aquecimento.

Neste entra e sai de lugares quentes é que vejo a ‘culpa’ da alta mortandade de luvas. Lá vamos nós encapotados pela rua. Ao entrarmos no metrô ou numa loja, colocamos luvas, gorros e cachecóis numa mochila, quando possível, ou então nos bolsos do casaco mesmo.

Foi num desses dias que, ao voltarmos do supermercado, deixei meu gorro cair na Yonge St. Distraídos e conversando como sempre, só fui perceber a perda 2 horas depois, quando estávamos para sair novamente de casa.

Eu já havia dado a perda como certa, mas não é que, ao caminharmos em direção ao cinema, passamos pela Yonge novamente e lá estava meu gorro! O coitado estava lá sozinho e abandonado, mas ninguém havia mexido nele.

Já percebemos também que é mto comum as pessoas pendurarem as peças perdidas em árvores ou locais mais altos para facilitar que os seus donos os encontrem..

Ficamos felizes em encontra-lo a nossa espera, e ficaremos mais atentos para não passarmos por isso de novo...