Monday, October 30, 2006

Chocante


E não é que estamos elétricos em casa?

O tempo frio faz com que as janelas fiquem fechadas e o sistema de calefação deixa o ar bem seco. Junte-se a isso um piso de carpete e duas pessoas andando de meias que se encontram de repente.

ZAP! Faz até barulho! Pulamos um para cada lado, rindo e dizendo que a culpa foi do outro.

Rapaz, já tomamos cada choque... Eu acho graça, principalmente de como agora ficamos verificando se entre nós existe alguma diferença de potencial (lembram das aulas de elétrica, no colegial?) antes de chegarmos perto um do outro.

Já ouvimos histórias de um bando de canadenses esperando para ver quem se voluntariava para abrir uma porta e tomar choque primeiro. heheh

Meu receio é com relação aos equipamentos eletrônicos. Sei que trecos modernos vêm com soluções modernas, mas tenho medo de queimar algum contato do micro ou de uma câmera fotográfica com meus novos super-poderes.

Sim, por que praticamente lançamos um raio, quase como um personagem de quadrinhos. E a Dani que não ache que estou exagerando, caso contrário darei uma voltinha pela sala usando meias e ZAP!

Friday, October 27, 2006

Sono...

Apesar de gostarmos de ficar em casa, não sairmos muito, sempre tivemos um ritmo no qual dormíamos pouco. Trabalho, estudo, família e eventualmente um encontro com os amigos e lá estávamos sempre com sono.

Achei que isso mudaria aqui, já que estamos longe de nossos pais e ainda não nos matriculamos numa pós-graduação ou curso de línguas.

Mas não é que acordamos com sono. De duas, uma. Ou estamos dormindo demais ou estamos mais cansados de ficar ‘imerso’ no inglês o dia todo.

Espero que essa necessidade de dormir mais seja por causa da nossa adaptação e não por causa do friozinho. Se quanto mais frio mais sono eu sentir, vou hibernar daqui a algumas semanas e só volto em março.

Thursday, October 26, 2006

Black Out

Domingão, dia friozinho, nenhuma obrigação pendente e a última corrida de um dos melhores campeonatos de Formula 1 dos últimos tempos.

Eu não queria mais nada. Peguei meu cobertor e travesseiro e me aninhei no sofá da sala (que ainda é nosso colchão de ar) pensando apenas em quem eu torceria e se fazia a pipoca naquele momento ou durante um dos inevitáveis comerciais.

E não é que 5 minutos antes da largada acaba a luz (sic)?!? Claro que eu queria matar um. Tudo bem. Vez em quando acontece isso e acabam restaurando o sistema de energia rapidamente....

Nada. Só voltamos a ter eletricidade novamente bem tarde da noite. Para não dizer que não estavam trabalhando, houve um momento em que a tv ligou novamente, mas antes de eu poder ver o que estava acontecendo voltamos a ficar no escuro.

E por aqui o termo figurado é mais abrangente. Sem eletricidade, os elevadores funcionaram a base de gerador, o que nos permitiu sair e passear um pouco, mas não tínhamos o sistema de aquecimento (termostato não ligava), não podíamos cozinhar (fogão elétrico), ficamos sem água (não existe caixa d’água no prédio) e perdemos a internet (modem desligado).

Não poderíamos nem fazer fondue, já que nossa panela é elétrica...

Espero que isso não seja muito frequente, ou farei como um amigo que mora em Miami e precisa lidar com furacões: galões d’água, baterias, comida pronta e enlatada e um gerador com 3 dias de combustível.

Monday, October 23, 2006

Sonya Spa

Depois de tanta expectativa e especulações eis que me rendo ao salão de cabeleireiro local.. Juro que fiquei com muito receio de arriscar uma vez que o histórico que temos em casa não é nada bom. O Rafa já cortou o cabelo 3X desde que chegamos aqui, sendo que 2 delas quase causaram o divórcio e 1 delas ficou "menos pior". Bem, como a segunda vez ficou "aceitável" mas longe de ficar boooom, ele voltou no mesmo salão mais uma vez para nossa tristeza. Esta última tentativa foi feia, deu vontade de chorar (hahaha, dou risada agora né?!) e depois de acompanhar todas estas tentativas, como vcs acham que eu estava me sentindo?

Segurei até não dar mais, pesquisei bastante até sentar em alguma cadeira e falar "corta"...

Confesso que após superar o trauma, arrisquei e garanto que o resultado foi além das minhas expectativas, me senti nos salões "chiques" de SP que eu tanto adoooro, com direito a massagem, e a famosa frase "está tudo bem? Vc aceita café, suco, água?"

O Sonya Spa fica aqui em North York, tem cara de salão mesmo, com todos os serviços que conhecemos e que gostamos muito (digo nós meninas). Falo isso por que muitos dos salões que vi na região se parecem com barbearias, com cara de salão antigo demais! Este tem uma cara boa, preço razoável, e gostei muito do corte. Foi simples, do jeito que eu queria, com direito a algumas sugestões de como usar os produtos locais (uma vez que a água e o clima aqui são bem diferentes). Eu gostei e recomendo! Pretendo voltar lá em breve. O próximo a sentar na cadeira da Sonya será o Rafa, vamos ver se nesta 4º tentativa ele volta a ter o corte que estamos acostumados, senão já viu, divórcio a vista!

Friday, October 20, 2006

Jardinagem

Até os seus conhecimentos de jardinagem precisam ser revistos quando se chega ao Canadá. A maneira de cuidar das flores, fazer a poda, e o quanto regar é bem diferente.

Eu tenho altos e baixos com este meu passatempo. Há épocas que realmente fico envolvida e faço de tudo, em outras fases estou mais relax e acabo apenas regando e dando o tratamento básico.

O custo das flores em geral é superior ao que temos no Brasil, nem preciso explicar o por que né?! Imagine o custo para manter estas pequenas nas estufas por 6 meses para que não congelem neste clima "tropical" que está por chegar.

Em compensação não encontramos nada muito diferente ou exótico. As conhecidas rosas, crisântemos, violetas e as minhas prediletas orquídeas são encontradas com facilidade nos supermercados ou feiras de rua..

Eu ainda não tive a oportunidade de conhecer alguma loja especifica de produtos de jardinagem como o Tatuapé Garden, mas não vejo a hora de conhecer as novidades que temos por aqui.

Estou realmente louca para comprar estes bulbos que estão a venda no Loblows, mas infelizmente não tenho jardim, e no vaso as coitadas tendem a não sobreviver mto (a não ser que seja um vaso grandão), A idéia é que sejam plantadas agora, cultivadas e em abril vc terá a florada.. Toda vez me pego fuçando naqueles saquinhos, por diversas vezes já os coloquei no carrinho, mas depois os devolvi por que sei que não são feitas para ficar dentro de casa.

Quem sabe o dia que trocarmos o apto por uma casa eu não possa arriscar?!

Monday, October 16, 2006

Quem falou que o Canadá não tem sua própria culinária?!

Antes de chegarmos aqui, todos nos questionavam sobre o que teríamos pela frente, como era a cidade, as pessoas, infra estrutura e comida típica canadense. Pelo o pouco que lemos sobre o assunto, a afirmação que mais aparecia era: "O Canadá é um país multicultural onde possui um pouco de tudo, mas não tem sua própria culinária". Exceto pela famosa Maple Leaf Syrup (xarope de maple leaf, semelhante ao melaço de cana).

O melaço Maple Leaf de fato esta em todo canto. Existe tudo de maple leaf, biscoitos, chá, geleira, manteiga, o próprio melaço vendido como potes de mel.

Sexta feira ao desfrutar da deliciosa sensação térmica de -4ºC (fim da era dos almoços na praça) eis que me deparo com a sugestão do dia "French Canadian Peas Soup" (Sopa de ervilha franco canadense) em um pequeno restaurante que temos aqui dentro do prédio onde trabalho.


Arrisquei, é claro!! Entrei, pedi uma sopa pequena (para conhecer) e me deliciei.. Eu adoro ervilhas, então com certeza já seria um bom sinal. (excepcionalmente neste dia eu não levei lancheira).

Eis que pesquisando na internet eu descubro que a sopa é prato típico e famoso da região de Old Quebec.


A receita é bem simples e ao contrário da sopa de ervilhas secas e verdes que usamos no Brasil, aqui eles usam amarelas.


É um prato leve, nada calórico como as deliciosas sopas creme de queijo e palmito, mas que vale a degustação.


Está vendo!! Nada como 4 meses na cidade para começar a "achar" meio escondido, mas existentes traços de culinária local (além de hambúrguer, batata frita, e pizza pão é claro).

Saturday, October 14, 2006

100 anos do Primeiro vôo

Desde que cheguemos em Toronto, não comprei nenhum livro de aviação. Achei que faria a festa nos sebos e livrarias por aqui, mas tanto nas lojinhas da Yonge quanto nas Indigo, só encontro livros de aviões e de história da aviação que trazem páginas e páginas sobre os irmãos americanos e nenhuma referência sobre Santos Dumont ou os pioneiros europeus.

Eu entendo que a potência dominante escreva a história sobre a ótica que mais lhe interessa, e que eles vão puxar a sardinha para o lado deles, mas eu me recuso a ser cúmplice.

Sim, eu li ‘Nas Asas da Loucura’ e achei um ótimo livro.

O que vejo é que de um lado do atlântico eles usaram catapultas (até pedra faz um arco no céu desse modo), não houve testemunhas imparciais, evidências concretas de que tenham realizado vôos longos, não repetiram os vôos quando foram convidados a fazê-lo e 3 anos atrás, ao tentarem comemorar o suposto vôo e programaram reproduzir o suposto vôo, deram com a cara na lama. Qualquer experimento técnico ou científico só tem validade se tiver evidências reais ou puder ser reproduzido. O vôo deles não pode.

Do outro lado do atlântico, entretanto, temos uma disputa entre diversos pioneiros, competindo de forma aberta até que num cambaleante, mas documentado vôo, alçado por meios próprios, num local público e documentado em filme. Santos Dumont conquista a Taça Archdeacon, em Paris.

Já imaginou se Dumont tivesse patenteado o vôo como conhecemos? A Boing teria que catapultar os 747 para não pagar royalties....

Dia 23 de outubro de 2006 será o centenário deste vôo do 14Bis. Devemos nos lembrar.

“A história da conquista do vôo humano tem inúmeros personagens e não pode ser contada por um único homem. Das mitológicas asas de penas de Ícaro e Dédalo aos primeiros engenhos voadores do século XVIII, o sonho de voar foi acalentado durante séculos.

Em 23 de outubro de 1906, Santos Dumont (1873-1932) sobe com o 14-Bis a uma altura de 3 metros e percorre 60 metros, observado por uma multidão boquiaberta em Paris. O elegante e generoso inventor, que no começo do século já previa o uso de aviões para transportar passageiros, constrói e faz voar o primeiro avião da história”
(Scientific American Brasil Ed.12, 19, 20 e 52)

Friday, October 13, 2006

Só não aprende quem não quer...

Leitura é um dos hábitos que mais admiro por aqui. O número de pessoas que lêem nos transportes públicos, praças e elevadores por aqui é de chamar atenção. Fica até engraçado quando abrem o livro por 3 segundos no elevador enquanto o seu andar não chega.

Devido a esta grande demanda de leitores assíduos a cidade oferece uma enorme quantidade de bibliotecas espalhadas por todas as localidades.

Somos sortudos, temos a segunda maior delas aqui ao lado de casa.. Dá para perder um dia inteiro se deixar...Vai noite afora entre os vários corredores, livros, revistas, e dicionários.

Além da boa leitura só não estuda aqui quem não quer. Os cursos de idiomas ou de extensão (aqueles curtinhos de 2/3 meses) possuem o preço bem acessível, escolas espalhadas pela cidade toda e alguns deles oferecem inclusive a possibilidade de pleitear bolsa de estudo.

Estamos de olho em diversos deles, analisando as possibilidades e fazendo a nossa lista de prioridades, necessidades e diversão, uma vez que estudar para nós (tanto para mim como para o Rafa) além de desenvolvimento profissional é também um dos nossos hobbies.

Thursday, October 12, 2006

Quando chega o inverno?

Hoje estamos com sensação térmica de -2ºC.

Minha irmã me perguntou sobre o inverno esta semana, enquanto conversávamos pelo Skype. Foi uma resposta mais complicada de resolver do que eu esperaria. Afinal de contas, depende do quanto de frio vc está acostumado.

Definimos que, para nós, Inverno começa dia 15/Out. Uma das coisas legais de morar em Toronto é ver as estações bem definidas. E com isso acompanhamos a temperatura e tempo de luminosidade natural variarem de uma semana para outra.

Na segunda metade do mês de Outubro as temperaturas não passam dos 15º Celsius positivos. Isso para mim já é frio. Dentro de casa não percebemos. Na verdade só pensamos em ligar o aquecimento ou colocar um moletom quando a temperatura está abaixo dos +10ºC, mas já não se pode sair de casa sem carregar algo com vc.

O Canadá tem alguns hábitos Britânicos. Conversar sobre o tempo, e principalmente reclamar dele (muito calor, muito frio, muita chuva, etc.) certamente é um desses hábitos. Pela quantidade de vezes que comentamos sobre a temperatura, acho que estamos nos ‘adaptando à cultura local’ muito bem.
:o)

De qualquer forma, planejamento é a alma do negócio, e o sucesso está nos detalhes, se diz. Por isso é que ainda em São Paulo fizemos nossas contas, elaboramos hipóteses e desenvolvemos cenários, incluindo sobre como lidaríamos com o frio.

A foto abaixo é uma simulação da Dani na neve. Queríamos ter certeza de estarmos preparados...


* Dani na neve - Escala 1:20

Wednesday, October 11, 2006

Jornalistas na família



Na família, todos são jornalista, trabalham com comunicação ou markting. Os amigos são da área de humanas ou se arrependem de ter feito engenharia. E nós somos engenheiros.

Deve ser bem difícil para meu pai tentar ler o que produzimos. De uma geração de jornalistas que sempre leu muito, conhece história e não teve o sonso hipertexto como padrão de qualidade, nossos posts devem parecer para ele algo como ‘nós vai e depois a gente voltamos’. Fico imaginando se ele faz a mesma cara de ‘O que o Rafael e a Dani estão falando???...’ Que nossos chefes canadenses fazem do nosso Inglês-de-indio.
:o))

E não é que ao decidirmos vir para Toronto começamos a colocar os gens familiares para trabalhar? Claro que ainda não temos tecnica, volcabulário ou estilo, o ritmo é quebrado com frequência e nem sempre um começo tem seu fim.

Felizmente, num ou noutro texto inspirado conseguimos escrever algo coerente e até ganhamos nossa primeira publicação extra-Pinguim. Ficamos muito contentes quando fomos contactados pela Pri e agora ao vermos que estamos participando do Achei.ca. Quer ver o Post que publicaram? Clique aqui .

Ouvi dizer que o Pulitzer vem acompanhado de um cheque bem gordo. Espero que seja verdade... Nunca achei muita graça em ser engenheiro mesmo.

Tuesday, October 10, 2006

Form__a 1

Sou fã de Formula 1.

Gosto não só das ultrapassagens ou quando um piloto específico está numa fase de vitórias. Gosto de acompanhar o trabalho dos engenheiros, o desenvolvimento dos conceitos de aerodinâmica e motores, as sacadas técnicas, a estratégia de corrida e gosto de ver um piloto merecer ganhar, não importa muito qual deles.

E acompanho os campeonatos desde de pequeno, quando ( ______________ ___________ _ __________ ___________) e vi com meu pai a Brabham de Piquet ser campeã.

Vir para o Canadá significava que eu teria que lidar com este assunto de um modo diferente do que eu não estava acostumado, e eu estava preparado para isso. Ou achava que estava.

Existem algumas razões para eu gostar de assistir corridas por aqui. 3 delas são:

1 – Os narradores entendem do que estão falando.

2 – A corrida (________________ ___________________).

3 – Tanto o canal americano (speed tv) quanto o canadense (TSN) passam especiais sobre as corridas, iniciam a transmissão com mais de 30 minutos de antecedência e mostram os treinos livres além da qualificação.

O que eu odeio, no entanto, é ver propaganda a cada alguns minutos, no meio da corrida. Eles podiam colocar o bendito reclame numa janela no canto da tela, ou deixar a corrida passando num canto (já vi isso numa corrida de F-Indy), mas não. No meio de uma disputa, próximo a um momento importante da corrida, interrompem a transmissão. 5 minutos depois alguém já saiu da pista, ou teve uma ultrapassagem importante e vc fica sem poder ver.

Por exemplo: Nesta última corrida de Suzuka. Quando (______ ______ ________ _____ _______ _____ ______ __________ ________ ______ _______ _____ ______ ____ ______ _________ ________) e pronto!

Claro que eu tento mudar de canal! Afinal tenho 2 agora, certo? Mas metade das vezes eles param a transmissão ao mesmo tempo. A Dani fica sabendo quais são estas vezes por que eu fico xingando a tv. Ah, tem um canal de Quebec que passa corrida também, mas só raramente.

E justo agora que temos um campeonato tão disputado. De um lado a Ferrari do arrogante Jean Todd e sua proteção da FIA e o excelente piloto-Dick Vigarista. Do outro a Renault do também arrogante Flavio Briatore, com seu piloto-Don Juan.

Os dois merecem o campeonato, mas eu particularmente prefiro ( ________ ________ ___________ __________ ___________ ________ ). Vou ficar torcendo.

Por falar nisso, tomara que o tempo fique instável em Interlagos daqui a duas semanas. É sempre bom ver uma corrida animada como a da Hungria.

:o)

Sunday, October 08, 2006

Thanksgiving e Orangeville


Neste final de semana comemoramos o Thanksgiving..

Diferente dos EUA a comemoração desta data ocorre na segunda segunda-feira do mês de Outubro, mas até para isso há uma explicação. Ao contrário da tradição americana de recordar Pilgrims e de se estabelecer no mundo novo, os canadenses dão agradecimentos para uma colheita bem sucedida.

A estação da colheita termina mais cedo no Canadá comparado aos Estados Unidos devido ao simples fato de que o Canadá está mais ao norte que os EUA.

É uma reunião familiar como o Natal, onde normalmente ocorre o jantar, e os pratos que nunca podem faltar é o Peru e a Torta de Abóbora . Claro que em um país democrático como este, cada um come o que quer, desde que seja muuuito (a fama de se comer demais em Thanksgiving tb é válida por aqui), porém estes são os pratos tradicionais da data.

Neste mesmo final de semana prolongado é muito comum que as famílias saiam para ver as cores do Outono. Cada um pega o seu carro e percorre longas extensões de estrada fotografando e apreciando a linda vista. Normalmente neste final de semana do feriado é quando a natureza oferece as melhores paisagens, confirmado pelos especialistas que dizem que chegamos ao topo da intensidade e mistura de cores.

Como bons marinheiros de primeira viagem e primeiro Thanksgiving em terras canadenses (mas sem direito ao Peru), lá fomos nós ontem apreciar as cores com uma colega minha de trabalho que é “canadense de verdade”.

Realmente é fantástico, divino, indescritível em apenas um Post. Visitamos a região de Orangeville e Georgetown .

Para quem tiver a oportunidade de fazer o passeio no próximo ano, Recomendamos!!

Wednesday, October 04, 2006

A praça

Assim que chegamos por aqui ficamos hospedados em um hotel no centro e como ainda estávamos descobrindo a cidade o bate perna era inevitável (e ainda continua). Nestas nossas andanças iniciais percebemos que muitas pessoas almoçavam na rua. Eu e o Rafa achávamos muito estranho, todas aquelas pessoas na praça, muitos deles bem vestidos, segurando seu tupperware e almoçando como se nada fosse.

Após 4 meses em terras canadenses eis que me pego fazendo o mesmo.

É isso mesmo! Agora eu almoço sentada na praça, na rua (hahaha).

A experiência é nova para mim (inclusive no aspecto de preparar e trazer o seu próprio almoço, na famosa lancheira ou marmita), estou aproveitando bastante, principalmente nos dias de sol. Aproveito os poucos minutos que tenho e leio um livro ou jornal do dia para me manter atualizada.

Agora o mais curioso de tudo isso é perceber do por que eu almoço na rua. Existem algumas coisas no sistema trabalhista aqui, digo empresas, que ainda não entrei no ritmo. Este negócio de almoçar na sua mesa de trabalho, sozinho, olhando internet não está com nada (sem contar que vc está no meio de uma mordida/garfada e sempre aparece alguém querendo trabalhar, isto é, nem o horário do meu almoço foi respeitado) . Acho que cansei de ficar presa/confinada no mesmo ambiente por 8hs sem respirar um pouco, sem falar com gente diferente (conversa de cafezinho tb não existe por aqui como o Rafa já comentou).

A praça tem sido uma boa escapatória para este sistema de "escravidão" (hahaha), pelo menos tomo sol, leio livros, vejo as pessoas caminhando e as crianças voltando da escola. A sensação de bem estar é muito boa, e o melhor de tudo isso é saber que nesta praça onde fico nunca estou sozinha, sempre aparece muuuita gente para fazer o mesmo. Pelo jeito os almoços na rua é uma tradição aqui. Fica diferente aos olhos de quem acaba de chegar, mas em poucos meses acaba fazendo parte do dia a dia.

Sunday, October 01, 2006

Touchdown!!

Mais um sábado chuvoso pela frente e eis que a programação da noite ficaria restrita a algum local fechado. Durante a semana recebemos um e-mail dos nossos mais novos colegas e vizinhos nos perguntando sobre o jogo do Argos X Peders e é claro que no mesmo instante já corri para ver tudo e tentar providenciar os ingressos.

Conseguimos os ingressos, sim!! Em um corredor mais lateral do que o primeiro jogo que assistimos, porém fileiras e mais fileiras para baixo, tivemos uma visão ainda melhor de tudo o que acontecia no campo (exceto do telão), sem contar que a torcida neste lugar era muito mais animada e misturado com o time adversário, o que fez com que rolasse aquelas provocações mas tudo em ritmo de brincadeira.

Acompanhados de um casal super animado e cheio de expectativas (pois este seria o primeiro jogo de Football deles) lá fomos nós a caminho do Rogers Centre. O jogo foi ótimo, e para fechar bem a noite eis que vimos 3 touchdowns por falta de 1 :)

Pulamos de alegria e comemoramos tudo o que tivemos direito. Descobrimos também que toda a produção do Show Bizz que acontece é repetida em todos os jogos (as brincadeiras são as mesmas, e os intervalos bastante parecidos). Mas o que importa mesmo é o jogo, e este valeu!

Foi concorrido, animado e disputado..

Melhor do que tudo isso é saber que em pleno sábado de chuva e frio (11ºC), mais de 32 mil pessoas comparecem ao estádio (que estava com o seu teto fechado, fazendo com que o clima lá dentro estivesse muito bom, sem precisar usar casacos).

Praticamente todos chegam/voltam de metrô (acreditem se quiser, a volta é uma bagunça, mas uma bagunça organizada hehehe)

Nos últimos 4 minutos o time adversário tinha a possibilidade de empatar o jogo com um touchdown. Ai sim que todos participaram de todos os lados, parte gritava a favor, parte contra e foram os últimos 4 minutos de tensão até que o juiz dá fim de jogo (23 X 16).

Obrigada aos vizinhos pela ótima companhia e aproveito para reforçar o convite para os próximos jogos já que agora vocês já estão expert nas regras :)